Patrícia Portela - "Para Cima e Não Para Norte"

Um livro de leitura obrigatória de uma das escritoras portuguesas mais originais e mais interessantes da actualidade, acabadinho de sair de sair para o mercado. Espreitem o book trailer neste link: http://www.youtube.com/watch?v=Kel94r1bH_8

Contos

Como não podia deixar de ser. esta semana aconselhamos:

Uma obra que vale a pena ter na mesa de cabeceira, para ler ou reler, um conto de cada vez!

Boas leituras!

E não deixem de comentar!

Eça de Queirós

EÇA DE QUEIRÓS
Mais uma vez festejamos o aniversário de um grande escritor. A BE/CRE com a preciosa colaboração da Biblioteca Municipal apresenta uma exposição bibliográfica sobre o autor. Há algumas preciosidades que vale a pena ver! Não percam! De 24 a 28 de Novembro revivemos Eça!
Olá alunos! Estamos cá para vos ajudar em novas descobertas mas contamos com as vossas sugestões sobre os livros e recursos que cá temos ao vosso dispôr. Porém, aguardamos que as actividades que vos propomos neste nosso e vosso espaço sejam cada vez mais dinamizadas por vós! Até breve...

Parabéns, Saramago!

José Saramago nasceu na aldeia de Azinhaga, concelho da Golegã, no dia 16 de Novembro de 1922. “Já não existe a casa em que nasci, mas esse facto é-me indiferente porque não guardo qualquer lembrança de ter vivido nela. Também desapareceu num montão de escombros a outra, aquela que durante dez ou doze anos foi o lar supremo, o mais íntimo e profundo, a pobríssima morada dos meus avós maternos, Josefa e Jerónimo se chamavam, esse mágico casulo onde sei que se geraram as metamorfoses decisivas da criança e do adolescente. Essa perda, porém, há muito tempo que deixou de me causar sofrimento porque, pelo poder reconstrutor da memória, posso levantar em cada instante as suas paredes brancas, plantar a oliveira que dava sombra à entrada, abrir e fechar o postigo da porta e a cancela do quintal onde um dia vi uma pequena cobra enroscada, entrar nas pocilgas para ver mamar os bácoros, ir à cozinha e deitar do cântaro para o púcaro de esmalte esborcelado a água que pela milésima vez me matará a sede daquele Verão. Então digo à minha avó: «Avó, vou dar por aí uma volta.» Ela diz «Vai, vai», mas não me recomenda que tenha cuidado, nesse tempo os adultos tinham mais confiança nos pequenos a quem educavam. Meto um bocado de pão de milho e um punhado de azeitonas e figos secos no alforge, pego num pau para o caso de ter de me defender de um mau encontro canino, e saio para o campo. Não tenho muito por onde escolher: ou o rio, e a quase inextricável vegetação que lhe cobre e protege as margens, ou os olivais e os duros restolhos do trigo já ceifado, ou a densa mata de tramagueiras, faias, freixos e choupos que ladeia o Tejo para jusante, depois do ponto de confluência com o Almonda, ou, enfim, na direcção do norte, a uns cinco ou seis quilómetros da aldeia, o Paul do Boquilobo, um lago, um pântano, uma alverca que o criador das paisagens se tinha esquecido de levar para o paraíso. Não havia muito por onde escolher, é certo, mas, para a criança melancólica, para o adolescente contemplativo e não raro triste, estas eram as quatro partes em que o universo se dividia, se não foi cada uma delas o universo inteiro.” José Saramago – As pequenas memórias

A TECAS TEM A HONRA DE CONVIDAR

SOPHIA DE MELLO BREYNER ANDRESEN 6 de Novembro EXPOSIÇÃO BIBLIOGRÁFICA BE/CRE, 6 A 14 DE NOVEMBRO Colaboração da Biblioteca Municipal Prof. Dr. Marcelo Rebelo de Sousa

Sophia de Melo Breyner Andresen

Dizemos «Sophia» como se esta palavra fosse sinónimo absoluto de poesia. Dizemos «Sophia» e a nossa memória enche-se do som que as palavras têm. Dizemos «Sophia» e de repente o ar é límpido, as águas transparentes, há sempre uma casa na falésia e o sol faz rebentar o calor na cal das paredes. Dizemos «Sophia» e todas as flores e todos os peixes têm nome, e as crianças tornam-se mais ricas quando os encontram. Dizemos «Sophia» e não precisamos de dizer mais nada. Alice Vieira